Um texto que fiz com saudade de um sábio amigo:
“Quando recebi a notícia de que ele tinha morrido, me veio imediatamente uma sensação de confusão, eu havia estado com ele 2 dias antes num belo domingo de sol, tendo passado a tarde conversando sobre a vida, nossas decisões, nossas mulheres, os filhos dele, nosso trabalho e nossas almas.
Muitos são os dias em que eu me lembro dele, morreu com 68 anos, numa madrugada de uma terça-feira, sozinho em casa e povoado pelo rico espírito e passado, provavelmente após um grão de dor num oceano de riquezas.
Alegro-me dele ter sabido menos de 48 horas antes que eu o tinha como amigo, como ele a mim. Não lamento a morte dele por ele, ele aqui não mais está e morreu sem dever coisa alguma para a vida, vivida com vitalidade. Lamento a falta que ele deixou em mim, ainda me lembro das conversas que tivemos, foi um dos melhores homens que conheci e orgulho-me de ter sido recebido em seu íntimo ciclo da vida.
Das coisas mais ricas que conheço na vida, ter amigos está em primeiro, não há riqueza alguma, para mim, que supere a amizade.
Hoje ele é nada em corpo e espírito, mas o que vivi, aprendi e me diverti com ele, sempre fará parte de quem sou. Envaideço-me por ter sido amigo dele.”
Amizade é um dos mais importantes alimentos do espírito, porém, como com quase tudo, muitos não valorizam até o dia em que descobrem que estão sem.
Espero que nesse dia dos amigos, você possa se lembrar daqueles que alimentaram o seu espírito como você os fez com eles, e tão importante quanto, que perceba e valorize os que hoje tem.
Um comentário:
Bayard, bellíssimo texto ... fez-me lembrar dos amigos que passaram pela minha vida e praticamente não tenho mais contato e dos atuais e dos muitos momentos vividos e, infelizmente, dar o devido valor somente quando se foram...
um abraço
Cláudia Nogueira
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