sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Ano Novo e Otimismo



"O mundo está pior..."

"A violência cresce..."

"As pessoas não tem mais moral..."



Entendo o otimista como o realista que percebe as coisas como são, que o copo de chope está meio vazio e meio cheio, mas que saboreia o líquido; que percebe que o mundo tem suas dificuldades, mas que é melhor do que pior; que sabe terem as pessoas seus limites desnecessários, mas os tolera; que conhece a tendência de homens e mulheres agirem mais com base no medo do que na busca da felicidade, mas os valoriza; que tem claro que pessoas quando fazem mal a alguém é, geralmente, porque não conseguem enfrentar ou ter o que precisam sem passar por cima do outro; que vê o fato de quando a justiça for agradável, ser defendida, mas sendo desagradável, buscam seus direitos e se tornam injustos. Eu entendo isso, eu vejo isso, sou um otimista.

A violência, inclusive no Brasil, tem diminuído, embora os jornais, em geral, mostrem às vezes, quase que exclusivamente, mortes, assaltos, dilúvios, corrupção, simploriedade e adultérios com tintas de tristeza e vileza. A violência e o medo vendem mais do que a justiça e a coragem, talvez daí o circo diário de notícias da maioria das mídias.

A moral dos indivíduos está mais livre
, pois as religiões perderam o poder que tinham sobre a sociedade, embora ainda sejam fortes. Muitos não sabem o que fazer com a possibilidade real de criarem suas próprias morais, mas o fato de saberem que cada um pode inventar seu próprio sistema de valores já é uma grande evolução em direção a uma Liberdade de Espírito maior.

As relações familiares estão melhorando, pais estão conversando mais com os filhos, levando estes a pensarem mais e melhor sobre a vida que os pais na idade deles, filhos estão ficando amigos dos pais, amantes estão se tornando amigos, os amigos estão conhecendo uns aos outros, pois demonstrar fragilidades e inseguranças estão mais aceitas do que antes, diminuindo então, a solidão.

Enfim, a vida está melhor, embora, de fato, mais competitiva. Há que entender o mundo nas suas dores, mas também nos seus belos sabores, vivendo assim, com mais alegria e prazer, sem alienação.

Assim, tenha uma boa entrada de ano e espero que o viver continue melhorando, para todos, embora seja muitas vezes trabalhoso essa atividade que recebe o nome de vida.


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