sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A Morte como Inspiração para a Vida


Meu ideal:
“Viver de tal maneira que caso eu morra hoje, terei saboreado bem a vida, aceitando o presente inevitável, devendo nada para o passado, embora tendo belos planos para um futuro próximo e distante.”

Muito da vida ganha sentido pela morte, pelo fim; triste verdade saber que aprendemos a valorizar algo, alguém ou até nós mesmos, apenas por sabermos que tem um fim.

Muitas pessoas matam a morte, normalmente porque suas vidas são tão ruins que não conseguem concebê-las como sendo apenas os anos que vivem, cancerígena verdade para muitos é essa que apenas o futuro salva o presente. A morte morre quando se afirma que ela é apenas uma passagem, metamorfose ou caminho, ao acreditar nisso, a maioria não descobre a inspiração do saber-se finito.

Bom mesmo seria se nós aprendêssemos a valorizar a nossa vida independentemente do fato de saboreá-la como finita, fazendo-o apenas porque vale. Porque eu não tenho essa sabedoria, o meu maior medo é chegar ao meu fim com a noção de que não aproveitei a minha razão, a minha carne, meus ossos e sangue.

Alguns dizem que a vida sem a eternidade não vale ser vivida, isso é tão verdade quanto dizer que o alimento não vale ser comido porque não alimentará por toda a vida.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei muito desse texto. Hoje especialmente. Decontente com o presente e perto da morte, alheia, mas perto. Tanta coisa pra fazer, tanto pra viver. Nao posso morrer amanha, mas e se isso acontecer?